Também Quero Ler!

Olá amigos e amigas da leitura, da contação de história, da criatividade! Este projeto foi criado para promover a leitura e incentivar a criativade e o mágico em quem participa!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Divulgação do evento no jornal Diário da Manhã de Goiânia



Na sua crônica de domingo -13 de maio de 2012 - a escritora Sônia Ferreira, presença confirmada no Também Quero Ler de Rio Verde/GO, divulgou sobre o nosso evento no Jornal Diário da Manhã de Goiânia. Chique demais!!!
Confira no link abaixo na crônica intitulada: Festa Cultural de Pirenópolis


FESTA CULTURAL EM PIRENÓPOLIS
                        As casas cochicham, umas com as outras. Contam histórias de seus antigos proprietários, de 1727, aos dias de hoje. Contam histórias de conquistas, de amor e de dor, de labuta diária, de quase quatro séculos. São bem parecidas com as da Cidade de Goiás, a primeira Capital do Estado. Histórias de cobiças de ouro, de moças inteligentes, sedutoras, histórias de educação e cultura do cidadão comum, histórias de famílias tradicionais. Aqui e ali, uma Igreja, cultivando a fé e a comunhão com a natureza, com as pessoas e com Deus.
                        Olhos parados, fixos contemplam olhares diferentes, dinâmicos, movimentando-se em 180 graus, bebendo os acontecimentos quotidianos. Sobre as mesas do Restaurante Tilapa, ao lado da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, galinhas d’Angola, vestidas de preto e branco, uma em cada mesa, observam tudo: uns e outros que chegam, para degustar o apetitoso, colorido e simpático almoço caseiro, para saborear o bate-papo gostoso, entre visitantes de diferentes Municípios, de diferentes Estados brasileiros. Observam também outros Países que convivem com Pirenópolis, de uma maneira encantadora.
                     O atendimento de meninas e meninos-sorriso tempera o almoço. O meu olhar atravessa janelas abertas, pensa e pousa sobre telhados enormes, coloniais, misturados a copas viçosas; umas, salpicadas de flores, outras, de frutos, todas seculares e verdes. Brotados entre serras, telhados acolhem permanentemente manifestações culturais engenhosas de filhos adotivos, de filhos da terra, de janeiro a dezembro de todos os anos. Livros e mais livros seriam publicados, sobre a explosão de cultura popular em Pirenópolis/GO, do folclore ao artesanato, invadindo e enriquecendo ruas e residências.
                        No entanto, o que aconteceu, nos seis primeiros dias do mês de maio de 2012, foi mais que manifestações de cultura popular, do dia a dia. Tratou-se da FLIPIRI, Festa Literária de Pirenópolis. Lembrando Paraty/RJ, o empreendimento cultural, já em sua 4ª edição, deu cor, forma, expressão, movimento, vida às palavras: saíram dos livros, das partituras, subiram o palco da Rua Direita, do Theatro Pyrenópolis, do Cine Pireneus; entraram nas escolas, nos cafés, na Rua do Lazer, e viraram canção, e viraram espetáculo cênico; e se encontraram com a vizinhança, com visitantes, com a comunidade emocionada; ora, espalhada nas calçadas; ora, debruçada nas janelas; ora, assentada nas cadeiras enfileiradas; ora, andando prá lá e pra cá, de dia e de noite.
                       Surgiram oficinas sobre temas variados, lançamentos de livros, palestras, concertos musicais, saraus, execução de bandas, serenata pela cidade. Brasília, a Capital brasileira, como sempre, presença mobilizadora do evento. Alguns escritores de Goiás e de outros Estados brasileiros fizeram parte da programação. Foi muito feliz a escolha dos escritores Luis Fernando Veríssimo, José Mendonça Teles e Isócrates de Oliveira, como Homenagens Especiais da FLIPIRI/ 2012. Foi muito feliz o envolvimento de vinte e sete escolas municipais e estaduais, da rede pública e particular, nesta Festa Cultural.
                    Vale ressaltar o significativo empenho do Senhor Prefeito Municipal, Nivaldo Melo, assessorado pela Professora Márcia Áurea Oliveira, Secretária de Educação do Município e pelo Senhor Gedson de Oliveira, Assessor de Cultura e Turismo, alinhavando envolvimento de escolas, de instituições culturais em Goiânia e Brasília, sob a batuta da empresária e escritora Íris Borges, nas etapas de planejamento, execução e avaliação. Não é fácil fazer acontecer eventos dessa natureza, numa cidade do interior do Brasil, com muitas potencialidades, porém, com muitas limitações próprias do momento histórico nacional. O que importa é que “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
                        A Quarta Festa Literária continua. Filha de folião, de “romeiro perpétuo do Pai Eterno”, voltarei a Pirenópolis/GO, por ocasião da Festa do Divino Espírito Santo. No final de maio, ficarei, como na FLIPIRI, hospedada no “Poso do Sô Vigário”. Que delícia de atendimento, tão gostoso, como o farto e sedutor café da manhã daquele recanto! Que delícia de aconchego, tão acolhedor, como o ninho do João de barro, grupo de cantadores, de que eu faço parte. Terei novo encontro com a Secretária de Educação, para planejarmos o Círculo de Leitura de livros de autores goianos, presenteados pelo Centro de Cultura da Região Centro-Oeste/CECULCO e pela Mala do Livro /Sec/DF às escolas de Pirenópolis/GO.
                               Prosseguindo, a Festa Literária aconteceu também no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, numa noite de gala, em homenagem à Escritora Rosarita Fleury, primeira mulher goiana premiada pela Academia Brasileira de Letras/ABL. Foi em 1958, quando “Elos da Mesma Corrente” recebeu da ABL o Prêmio Júlia Lopes de Almeida. A convite de Elizabete Fleury, filha de Rosarita, tive a honra de dar voz á escritora Nely Alves de Almeida, interpretando um poema-crônica, escrito na época, em homenagem à escritora laureada.
                         Nos próximos dias 18 e 19 de maio, a convite de dinâmicas e criativas educadoras do Distrito Federal, Giulieny Matos e Mauricéia Nascimento, profissionais de diferentes idades e profissões estaremos em Rio Verde/GO, dinamizando o projeto “Eu também quero ler”. Com muita alegria, fui brindada por esse simpático convite, objeto de uma próxima crônica.
                        E a Festa continua. Tomara que os vários Municípios brasileiros façam como Paraty/RJ, Bento Gonçalves/RS, como Pirenópolis/GO, como Rio Verde/GO e semeiem livros que falem, que andem, que dancem, que cantem, que pintem, que bordem, que sintam, que criem, que critiquem, que dialoguem, que questionem, que pensem, que construam! Tomara!...
                                Sonia Ferreira
 
É escritora, presidente do Centro de Cultura da Região Centro-Oeste/CECULCO e membro da Associação Nacional de Escritores/ANE/DF. E-mail: ceculcosoniaferreira@yahoo.com.br
                                

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